sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trabalho Escrito - Textos

Sobre a Epilepsia:

Cura e Tratamento

Quando se fala em epilepsia, é impossível falar em dados ou probabilidades sem associá-los ao tipo de crise em questão. Algumas crises desaparecem com o tempo e a medicação pode ser suspensa; outros pacientes precisam de tratamento a vida inteira para controlar as crises, e outros não respondem bem aos medicamentos. Da mesma forma, a eficácia do tratamento medicamentoso depende de pessoa para pessoa e do tipo de crises que ela tem. Em geral, cerca de 80% dos pacientes portadores de epilepsia terão suas crises controladas com um ou mais medicamentos; entretanto os outros 20%, ou serão resistentes à medicação, ou precisarão de uma dose tão alta de remédio que será melhor aceitar um controle parcial. Mas as pesquisas nessa área são constantes e novos medicamentos têm chegado ao mercado. Atualmente, as substâncias mais usadas para tratar a epilepsia são as seguintes: carbamazepina, clobazam, clonazepam, etosuximida, fenitoína, fenobarbital, primidona e valproato de sódio (ácido valpróico). Medicamentos mais novos incluem a gabapentina, a lamotrigina, a oxcarbazepina, o topiramato e a vigabatrina. Estes são os nomes genéricos e não comerciais. Às vezes, é necessário experimentar mais de um medicamento para obter o efeito desejado, ou mesmo combinar mais de uma medicação. A maneira como os antiepilépticos alteram o limiar convulsivo ou previnem a ocorrência de descargas elétricas anormais não é totalmente conhecida. Pesquisas mostram que alguns medicamentos podem evitar que os impulsos nervosos anormais se espalhem, enquanto outras modificam o fluxo de íons nas células nervosas, estabilizando seu funcionamento. Quando a medicação falha, algumas formas mais elaboradas de tratamento devem ser consideradas. Quando localiza-se a região do cérebro de onde as crises se originam (foco) e este foco localiza-se em uma região cerebral que pode ser removida sem seqüelas, o paciente passa a ser um candidato a uma cirurgia da epilepsia. Em algumas crianças com epilepsias muito graves e sem um foco bem localizado, tem sido considerado o uso de uma dieta rica em lipídios e calorias, a dieta cetogênica. Entretanto, essa dieta deve ser acompanhada pelo médico e estritamente seguida. O metabolismo criado pela preparação cuidadosa dessa dieta pode aumentar o limiar convulsivo, tornar o indivíduo mais resistente a crises. Paralelamente ao tratamento médico, uma vida saudável tem efeitos benéficos sobre a epilepsia. Isso inclui dieta balanceada, exercícios, descanso, redução de estresse e de depressão e a não utilização de álcool e drogas ilícitas. Falsas crises e crises provocadas por modificações fisiológicas: Tanto pessoas que têm, quanto pessoas que não têm epilepsia podem sofrer outros tipos de crises, que não têm nada a ver com descargas elétricas cerebrais excessivas. Estas crises pseudo-epitéticas têm uma origem em alterações emocionais e são desencadeadas por um desejo consciente ou inconsciente de mais atenção e cuidados. Quando se analisa com cuidado o passado recente e remoto dessas pessoas (incluindo crianças), freqüentemente existe história de abuso, negligência ou conflitos muito intensos nas relações interpessoais. Muitas vezes, essas falsas crises são muito parecidas com crises verdadeiramente epilépticas e é necessário o atendimento por um especialista para fazer um diagnóstico certeiro. Sob estresse, uma respiração rápida pode mudar a química corporal, podendo causar sintomas semelhantes a determinados tipos de crises. Hipoglicemia, abuso de drogas e febre, por exemplo, também podem ocasionar crises. O médico sempre deve ser consultado, pois são os exames e o histórico do paciente que determinarão o procedimento a ser seguido em relação às convulsões. É importante lembrar que crises agudamente induzidas por febre ou hipoglicemia relacionam-se sim a modificações na atividade elétrica cerebral, embora só ocorram nessas circunstâncias.

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