sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trabalho Escrito - Textos

Sobre a Epilepsia:

Família

A Epilepsia e os Pais: Os pais geralmente reagem ao diagnóstico de epilepsia com uma mistura de apreensão, vergonha, ansiedade, frustração e desesperança, colaborando para que a criança veja sua condição como estigmatizaste. Em um estudo feito com familiares de crianças com epilepsia, foi observado que alguns pais sentem vergonha de ter um filho com epilepsia e centram o problema apenas na criança, e não na família como um todo. A palavra epilepsia. Não é usada, nem dentro nem fora do círculo familiar. A criança não pode discutir sua condição abertamente e cedo começa a vê-la como algo negativo. A superproteção também deve ser evitada, pois leva a alterações de comportamento e personalidade, com freqüência tornando a criança socialmente isolada. As habilidades sociais de relacionamento não são aprendidas e ela permanece insegura, dependente e emocionalmente imatura. Fica desadaptada socialmente não pela epilepsia em si, mas pela superproteção exagerada dos pais. O Paciente Epiléptico e Sua Família: A epilepsia pode romper com o senso familiar de autonomia e competência. Para que o equilíbrio familiar seja recuperado, evitando conflitos e favorecendo a união, é importante que seus membros consigam chegar a um consenso sobre o que é epilepsia e como lidar com ela. O paciente e seus familiares podem beneficiar-se de grupos de apoio, por meio do contato com outras pessoas que convivem com a epilepsia e profissionais da área. Casamento e Gravidez: O casamento entre pessoas com epilepsia torna-se mais ou menos comum de acordo com o tipo e freqüência de crises enfrentadas. Na relação entre o casal, o cônjuge da pessoa com epilepsia costuma ficar extremamente preocupado quando ocorre uma modificação no esquema habitual: se a pessoa se atrasa, por exemplo. A constante supervisão pode se tornar uma obsessão e o paciente pode se sentir aborrecido por seus problemas nunca serem esquecidos. O cônjuge deve, então, tratar o paciente com epilepsia com mais naturalidade. Vale lembrar que alguns medicamentos antiepilépticos interagem com as pílulas anticoncepcionais, diminuindo sua confiabilidade. Os medicamentos antiepilépticos aumentam, ainda que em pequena proporção, o risco de malformações fetais. Entretanto, interromper o uso da medicação é perigoso para a mãe e para o bebê.

Deve ser discutido com o médico quais os medicamentos com maior ou menor potencial de risco de malformação fetal. O acompanhamento médico durante a gravidez é a melhor maneira de prevenir complicações. As pessoas geralmente têm dúvidas quanto a dois aspectos importantes que relacionam-se ao tópico casamento e gravidez.

Uma delas diz respeito à atividade sexual de pessoas com epilepsia. Os estudos mais modernos mostram com clareza que a grande maioria dos homens e mulheres com epilepsia têm vida sexual normal, desde que o seu tratamento esteja sendo feito com o medicamento adequado, nas doses adequadas. Outro aspecto muito discutido é o risco da epilepsia ser hereditária, ou seja, o risco de que casando com alguém com epilepsia a pessoa possa ter um filho epiléptico. Muito embora não existam dúvidas de que um componente genético faz parte das epilepsias, não se deve confundir genética com hereditariedade. Em outras palavras, o fato de que existem elementos de alteração de genes em muitas formas de epilepsia não significa que epilepsia seja algo freqüentemente herdado de um dos pais (hereditário). Muito poucas formas de epilepsia são hereditárias, felizmente as mais benignas que existem. O especialista tem todas as condições de discutir o assunto com os noivos e orientar todos esses aspectos. Não há nenhuma razão para não casar ou não ter filhos com uma pessoa que tem epilepsia.

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