sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trabalho Escrito - Textos

Sobre a Epilepsia:

A Epilepsia na Antiguidade

A existência da epilepsia provavelmente remonta à existência do próprio Homem, uma vez que já foi observada em animais filogeneticamente mais antigos do que a nossa espécie. As mais remotas descrições da epilepsia, porém, são dos egípcios e dos sumérios, que datam de 3500 a.C.. O principal documento sobre neurologia do Egito Antigo (aprox. 1700 a.C.), o Papiro de Smith, cita possíveis crises convulsivas nos trechos que descrevem ferimentos cranianos. Na Suméria (Mesopotâmia), nessa mesma época, vários textos, em acadiano, registram também crises epilépticas. Nesses povos, todas as idéias relacionadas à medicina, e conseqüentemente à epilepsia, estavam vinculadas a fenômenos sobrenaturais, magia e maldições. No século VI a.C., a medicina grega deu um avanço significativo no que se refere à compreensão das doenças, entre elas a epilepsia. Por volta de 400 a.C., Hipócrates, o Pai da Medicina, afirmou que a causa da epilepsia não estava em espíritos malignos, e sim no cérebro, tentando desfazer mitos sobrenaturais. Os escritos da época foram os primeiros a atribuir causas físicas às doenças e afecções neurológicas, e identificaram o cérebro como o local chave para o entendimento do comportamento humano. Remédios, dieta e hábitos saudáveis e não sacrifícios aos deuses, rezas ou magias poderiam tratar os pacientes portadores de epilepsia. Para fazer o diagnóstico, baseavam-se na história natural da doença, nas queixas do paciente e na observação cuidadosa dos sinais e sintomas do doente. Há descrições, por exemplo, de auras visuais, auditivas e vegetativas.

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