O que se deve saber sobre a Epilepsia
Incidência
A idade de início das crises é variável, mas existem faixas etárias preferenciais: nos primeiros dois anos, entre os quatro e os oito anos e no início da puberdade. Ao primeiro grupo etário são relacionadas as alterações pré-natais, ficando o segundo grupo sem causa aparente. O terceiro, provavelmente, está relacionado às alterações bioquímicas e fisiológicas da adolescência.
Etiopatogenia
Sob este aspecto, a epilepsia pode dividir-se em dois tipos: orgânica e funcional. As orgânicas são devidas a lesões adquiridas nos períodos pré e pós-natal. As funcionais são devidas a uma hiperexcitabilidade cerebral, transmitida geneticamente ou provocada por alterações metabólicas, bioquímicas ou fisiológicas. Por vezes, as crises funcionais são prolongadas, causando lesão e transformando a epilepsia em orgânica.
Das patologias do período pré-natal, destacamos as alterações placentárias acarretando anoxia, o uso de medicamentos, os processos infecciosos e os transtornos vasculares. Por outro lado, não podemos esquecer as moléstias heredodegenerativas, tais como as facomatoses, leucodistrofias, moléstias de depósito e erros inatos do metabolismo.
No período pós-natal, teremos como causa os traumas obstétricos, as alterações metabólicas (hipoglicemia, alcalose, hipocalcemia, hipernatremia, carência de piridoxina), moléstias infecciosas do sistema nervoso central, hemorragias do mesmo sistema e coleções subdurais.
Numa época mais tardia, as responsáveis são as alterações tóxicas exógenas, moléstias parasitárias (cisticercose, toxoplasmose, malária, hidatidose), encefalopatias e tumores.
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