sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trabalho Escrito - Textos

Sobre a Epilepsia:

Durante a Crise

A epilepsia é caracterizada por crises epilépticas repetidas e não é contagiosa. Às vezes, a pessoa com epilepsia perde a consciência, mas às vezes experimenta apenas pequenos movimentos corporais ou sentimentos estranhos. Porém, sintomas menores não significam que a crise seja de menor importância. Se as alterações epilépticas ficam restritas a uma parte do cérebro, a crise chama-se parcial; se o cérebro inteiro está envolvido, chama-se generalizada. Crises parciais simples não ocasionam a perda da consciência e podem ser de diversas formas: a pessoa pode ter uma distorção súbita na percepção auditiva, visual, olfatória (sentir subitamente um cheiro estranho) ou gustatória (sentir subitamente um gosto estranho). Outro tipo de crise parcial simples são sensações súbitas de medo sem nenhum motivo. Entretanto, as formas mais comuns de crises parciais simples são movimentos súbitos de uma parte ou de um lado do corpo (contração de um braço, contração do canto da boca ou virada súbita da cabeça para um dos lados). Estas manifestações freqüentemente são o início de uma crise que evoluirá e se tornará parcial complexa ou generalizada, como veremos abaixo. Quando ocorrem as sensações descritas acima como a parte inicial de uma crise epiléptica, usa-se o termo aura para descrevê-las. Mas lembre-se: a aura é o início da crise. É uma crise parcial simples que antecede uma crise generalizada ou crise parcial complexa. Como na crise parcial simples não há perda da consciência, o paciente já assiste a sua própria crise podendo relatá-la com detalhes. Crises parciais complexas são crises que, como as parciais simples, iniciam-se em uma área determinada do cérebro, mas espalham-se para outras áreas, causando perturbação da consciência. A pessoa aparenta estar confusa e pode caminhar sem rumo, falar sem coerência e realizar movimentos automáticos (automatismos), como puxar a roupa ou virar a cabeça de um lado para outro repetidas vezes, lamber os lábios, esfregar a barriga, etc. Nas crises generalizadas há perda da consciência e portanto o paciente não sabe relatar o que aconteceu. Neste casos é importante o relato de um familiar ou de alguma testemunha da crise. Existem várias formas de manifestações clínicas. As mais importantes são: 1-Crises de ausência constituem-se por lapsos de consciência que, em geral, duram de cinco a 15 segundos.

O paciente fica olhando para o nada (olhar vazio) e pode virar os olhos, embora seja capaz de retomar normalmente sua atividade depois do episódio. Essas crises não são precedidas por aura e costumam ocorrer na infância, desaparecendo por volta da adolescência. Como podem ser muito freqüentes terminam por perturbar as atividades escolares, sendo uma das causas de baixo rendimento escolar na infância. 2- Crises tônico-clônicas são convulsões generalizadas, com perda de consciência, que envolvem duas fases: na fase tônica, o corpo da pessoa torna-se rígido e ela cai. Na fase crônica, as extremidades do corpo podem contrair-se e tremer. A consciência é recuperada aos poucos. Apesar de ser o tipo mais óbvio e aparente de crise epiléptica, não é o mais comum. 3- Existem, ainda, várias outras formas, como as crises atônicas, em que há perda do tono muscular postural e o paciente cai ao solo (crises de queda); as crises mioclônicas, em que ocorrem sacudidas musculares breves, em geral freqüentes e agrupadas. Sentimentos do Paciente Os sentimentos variam conforme o tipo de crise. Antes de uma convulsão iniciar, algumas pessoas experimentam uma sensação ou advertência chamada aura. Uma descrição apurada do tipo de aura ao neurologista poderá fornecer pistas sobre a parte do cérebro onde se originam as descargas elétricas anormais. A aura pode ocorrer isoladamente sem que ocorra progressão da crise. Durante a crise, incerteza, medo, cansaço físico e mental, confusão e perda de memória são alguns dos sentimentos mais comuns, embora a pessoa possa não sentir absolutamente nada, ou não se lembrar do que aconteceu. Da mesma forma, quando a atividade do cérebro volta ao normal, em determinados casos o paciente sente-se bem para retomar o que estava fazendo; em outros, tem dor de cabeça e mal-estar. Alterações Cerebrais As células do cérebro trabalham juntas e se comunicam por meio de sinais elétricos. Às vezes, há uma descarga elétrica anormal em um grupo de células nervosas e elas enviam sinais incorretos a outras células ou ao restante do corpo, iniciando os ataques ou crises. Cada pessoa tem um limiar convulsivo que a faz mais ou menos resistente a excessivas descargas elétricas no cérebro; por isso, qualquer um pode ter uma crise sob determinadas circunstâncias. Os tipos de crise epilépticas dependem da parte do cérebro onde começam essas descargas anormais. Se as crises duram muito tempo (crises prolongadas, com duração igual ou superior a 30 minutos), poderá ocorrer dano ao cérebro. Porém, a maioria das crises não provoca dano algum, pois são de curta duração e auto-limitadas.

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